Usina será instalada no Rio Congo e dispensará a criação de barragens e inundação de grandes áreas.
Por Maria Luciana Rincon Y Tamanini em 04/06/2013
De acordo com o site news.com.au, depois de muita negociação entre o governo da República Democrática do Congo e organismos internacionais, as obras de construção da que será a maior usina hidrelétrica do planeta serão iniciadas no Rio Congo em outubro de 2015. Segundo a publicação, esse é o maior rio do mundo depois do Amazonas em volume de água, e a quantidade de energia produzida deverá abastecer metade do continente africano inteiro.
Com a conclusão das obras, a Hidrelétrica de Inga produzirá 40 mil megawatts de energia, ou seja, o dobro do que a atual “maior” estrutura do planeta, localizada na China. Mas o melhor de tudo é que as características naturais do rio dispensam a construção de barragens e a inundação de grandes áreas para o represamento de água, evitando, com isso, que os habitantes da região sejam relocados.
O Rio Congo conta com uma queda de 96 metros, e uma sucessão de corredeiras geram um fluxo de água de aproximadamente 42 mil metros cúbicos por segundo. Dessa forma, uma vez instaladas, as turbinas da hidrelétrica serão ativadas pelo próprio fluxo do rio que, segundo estimativas do Banco Mundial — que está financiando o projeto —, conta com recursos hídricos suficientes para gerar até 100 mil megawatts de energia.
Segundo o portal Inovação Tecnológica, o projeto de construção da Hidrelétrica de Inga também foi duramente criticado por órgãos não governamentais, que alegam que a população do Congo não será a principal beneficiada pela usina. De acordo com a matéria, metade da energia produzida será empregada em minas de cobre espalhadas pelo país, e a outra metade será vendida para a África do Sul.
Contudo, conforme explicaram os defensores da hidrelétrica, depois que o projeto ser concluído e a usina estiver funcionando com sua capacidade total, a estrutura poderá abastecer cerca de meio milhão de pessoas. Além disso, Inga terá um dos custos mais baixos do mundo, estimado em US$ 0,02 kWh.
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